Artigo

Cortinas abertas

13 nov 2024 2 min. de leitura

Provavelmente você já entrou em algum teatro e, se não, pelo menos em um cinema. Falando como atriz formada, eu diria que o teatro não é um mercado fácil e nem justo. Mas, falando como pessoa, sei que ele é capaz de transformar vidas.

Eu devia ter uns 4 anos na primeira vez que assisti uma peça. Era algo sobre as princesas da Disney. Mesmo sendo inteligente (para uma criança de 4 anos), eu tinha certeza absoluta de que as princesas estavam ali na minha frente mesmo, porque é isso que a magia do teatro faz com a gente: nos permite acreditar.

Somos completamente capturados, seja em um bom ou em um mal sentido, e impactados para sempre. Nem sempre ele é algo encantador ou engraçado: o teatro também é capaz de mostrar o lado sombrio das coisas. Tem uma coisa que eu sempre dizia antes de entrar no palco: “se eu impactar alguém aqui, meu trabalho está feito”.

A arte ensina, mostra realidades diferentes e conscientiza sobre temas difíceis: é essa forma de encarar o mundo que a torna tão especial. Por muito tempo, eu me escondi na arte, até que ela me obrigou a me encontrar. Quando eu não tinha mais pra onde correr no terceiro ano do meu ensino médio, precisei escolher um curso para o vestibular e, por causa da arte, eu só sabia que eu queria trabalhar criando alguma coisa. Eu gosto de escrever, então primeiro pensei em fazer Jornalismo. Mas me encontrei mesmo no curso do lado.

Mas o que teatro tem a ver isso? Bom, para mim, literalmente tudo. Foi ele que me levou até o curso de Publicidade e Propaganda, e consequentemente, até meu estágio aqui na Almanaque. Eu sempre fui grata a arte, sempre imaginei que ela poderia me levar pra muitos lugares, mas, por incrível que pareça, não até aqui, no meu primeiro emprego. Devia ter acreditado mais, igualzinho aquela menina de 4 anos quando viu as princesas entrando no palco.

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Isabela Massaro

é Copywriter Trainee
da Almanaque.